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"Exercício, exercício, NÃO é exercício."
"Criança portuguesa entre as vítimas de ataque em aula dedicada a Taylor Swift. Cantora completamente em choque" .
Esta notícia dia 29/7/2024 surpreendeu-nos pela sua imprevisibilidade e ferocidade.
Segunda-feira, dia 29 de Julho, um ataque com faca num centro comunitário,na cidade de Southport, em Inglaterra havia resultado na morte de três crianças, oito ficaram feridas, seis das quais em estado grave. As crianças estariam a participar num evento de dança e ioga inspirado nas canções de Taylor Swift.
Este tema suscita-nos desde logo uma reflexão : "se acontecer connosco, estamos preparados? sabemos como agir perante um incidente multivítimas? perante várias crianças feridas em simultâneo?"
A triagem primária START (Simple Triage and Rapid Treatment) é um método utilizado no contexto pré-hospitalar em incidentes multivítimas para rapidamente categorizar as vítimas por ordem de prioridade, da mais grave à menos grave, com recurso a quatro cores - vermelho, amarelo, verde e preto. Dispomos de triagem primária para aplicar em adultos, e de fluxos de triagem primária pediátrica.
As crianças não são adultos pequenos. Existem condições de segurança? Como agir? O que considerar?
A abordagem pediátrica em incidentes multivítimas existe, e é diferente das situações de emergência individuais. Para responder a incidentes multivítimas na pediatria, internacionalmente é utilizada uma ferramenta chamada Triagem JumpSTART . A nível nacional utilizam-se três fluxos de triagem primária da criança.
Na triagem pediátrica, o fluxograma assume um carácter particular e tem em conta o tamanho (em centímetros) e/ou peso ( em kg), devido às marcadas diferenças fisiológicas no que diz respeito a valores normais de frequência respiratória e frequência cardíaca, por exemplo.
Uma das ações contempladas na abordagem inicial a uma vítima é o controlo de hemorragias.
É imperativo a formação e treino frequente dos profissionais de saúde, principalmente dos profissionais do âmbito pré-hospitalar, mas também dos profissionais de saúde dos cuidados de saúde primários e hospitalares, bem como agentes da proteção civil e forças de segurança, tanto na formação em incidentes multivítimas de adultos, mas também na pediatria. Esta oferta formativa existe, e é extremamente útil. Devemos preparar-nos para o inesperado. É nosso dever, é a nossa missão.
As três máximas da medicina de catástrofe são: estabelecer a ordem no caos, fazer o melhor pelo maior número de vítimas e não causar mais dano.
Pudéssemos nós adivinhar o futuro...
"Eram apenas crianças numa aula de dança."
Verónica Aquilino,MD
Coordenadora MEDKAUS
MILITARCOACH
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